Acabei de receber uma imagem de uma conversa pelo celular entre o atacante Gabriel Jesus e seu empresário Fábio Caran. Nele o jogador do Palmeiras dá a entender uma forma errada de agir do presidente Paulo Nobre na negociação dele com o Manchester City. Por contrato o Verdão teria que repassar ao agente cerca de R$ 25 milhões, o que corresponderia a 22,5% da transação com os ingleses. Entretanto o Palmeiras acionou seu departamento jurídico para evitar esse repasse.

No texto fica muito claro que Jesus era contra a forma como Caran foi tratado no negócio. Até cogitou desistir de tudo. Mas após a pressão da imprensa o próprio Gabriel, provavelmente instruído pelo clube, disse ter rompido com Caran. O engraçado é que futebol é normalmente assim. Quando o jogador é garoto, não tem representatividade, os clubes sempre precisam de alguém com grana pra segurá-lo. Muitas vezes pedem na cara larga cedendo parte dos direitos, o que possivelmente aconteceu nesse caso. Mas depois de toda a fama dão uma banana para o cara.

Não cabe aqui dar uma de advogado do diabo e defender o tal do Caran, que nem o conheço. Nem sei a fisionomia dele. Mas ficou muito mal contada toda essa história. Os empresários quase sempre aparecem no futebol como vilões. Mas será que se esse rapaz não tivesse investido no Gabriel ele ainda estaria no Palmeiras? Será que não cabia ao menino vir a público e de fato falar a verdade? Porque no mundo dos negócios a gente sabe que quase sempre o clube leva a desvantagem. O que não pode é ser traíra. Isso não. Até porque contrato existe pra ser cumprido de acordo com a lei. Agora vazar conversa de telefone também não é legal. Provavelmente bateu o desespero. Se liga aí embaixo.